TANGO-Circular em Portugal

No passado mês de outubro terminaram os três ciclos de formação decorridos em Portugal, no âmbito do projeto TANGO-Circular.

De acordo com a proposta em candidatura, foram objetivos do projeto realizar 3 ciclos de formação (Ciclo 1: outubro-novembro 2023; Ciclo 2: fevereiro-abril 2024; Ciclo 3: outubro-novembro 2024) e abranger um total de 250 agricultores e 50 stakeholders por país.

A metodologia adotada, em Portugal, para a realização destes ciclos baseou-se inicialmente na agregação de módulos em três grandes grupos tendo em conta as temáticas abordadas em cada um dos módulos:

Após a agregação dos módulos, decidiu-se que cada uma das atividades de formação (A, B e C) iriam ser realizadas em locais distintos no decorrer de cada ciclo de formação, seguindo um fatorial 3×3. Ou seja, o objetivo foi identificar diferentes regiões de Portugal vocacionadas para as distintas temáticas e adaptar – tendo em conta a dominância de determinadas culturas ou da época de colheita/transformação – as atividades de formação em função da maior ou menor disponibilidade dos agricultores para estarem presentes.

Tendo por base o exposto anteriormente, o programa adotado para a realização dos três ciclos de formação foi o seguinte:

Os principais resultados destas ações de capacitação recaíram, principalmente, sobre o número de participantes e interessados na formação. Neste sentido, os resultados obtidos por atividade de formação foram os seguintes:

Tendo por base a informação providenciada na tabela é possível verificar que se registaram um total de 519 participações nas ações de formação, verificando-se o cumprimento e, inclusive, a ultrapassagem das metas estabelecidas ao fim do segundo ciclo de formação.

De um modo geral, podemos concluir que as ações de formação que decorreram em Portugal foram um sucesso, não só pelo número de participantes atingido, como pela capacidade demonstrada pelos parceiros portugueses (Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e Universidade de Évora) em organizar três ciclos de formação em diferentes áreas da
região centro e sul de Portugal, procurando transferir conhecimento na área da gestão de excedentes agrícolas de uma forma inclusiva e o mais abrangente possível.

Recorde-se que, no âmbito do projeto, as universidades têm a função de preparar os conteúdos (traduzidos para várias línguas), as comunidades intermunicipais a revisão dos mesmos e às associações compete o papel de execução da formação. À AJAP coube igualmente a missão de criar um Rural Lab, situado, no caso português, nas instalações do CEPAAL, em Moura.

Para a AJAP, o projeto TANGO-Circular “revela o modo de estar da associação”, que sempre se reviu “ na aproximação entre a investigação, universidade e o campo”.

“Assim, a AJAP organizou as ações com os agricultores no campo, numa simbiose perfeita de interligação de conhecimento”, salienta a AJAP. Além disso, o balanço “é muito positivo” já que “foram ultrapassados os objetivos do projeto a nível da formação de ativos do
setor”.

Nota: Artigo publicado na edição N.º 140 da Revista Jovens Agricultores, da AJAP. A sua reprodução, parcial ou na íntegra, está sujeita a autorização da AJAP.