O Copernicus, serviço que monitoriza as alterações climáticas da União Europeia, divulgou o seu relatório sobre o estado do clima europeu em 2023.
As temperaturas na Europa estão a subir mais rapidamente do que a média global, aumentando o risco de ondas de calor, de inundações e de outros fenómenos extremos, segundo o documento.
De acordo com a análise, as temperaturas na Europa como um todo mostram tendências de aquecimento a longo prazo, destacando que os três anos mais quentes já registados na UE ocorreram desde 2020.
No que toca à temperatura média da superfície do mar, em toda a Europa foi a mais quente alguma vez registada. Segundo o estudo, “o oceano é um importante reservatório de calor no sistema climático, cobrindo mais de dois terços da superfície da Terra. O oceano absorveu 90% do excesso de calor relacionado com as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa”.
Incêndios florestais
Durante a maior parte do ano, a Europa registou um perigo de incêndio acima da média, refere a investigação do Copernicus, que adianta terem sido registados altos níveis de perigo de incêndio no início do verão no norte da Europa e, mais tarde, no sudoeste europeu.
O relatório refere que, no verão, ocorreram grandes incêndios em Portugal, Espanha, Itália e, especialmente, na Grécia, tendo a época de incêndios florestais sido a quarta maior área ardida alguma vez registada na UE, num total de cerca de 500.000 hectares.
“As condições de seca conduziram a grandes incêndios, incluindo em partes da Península Ibérica, que registaram precipitação e uma humidade do solo particularmente abaixo da média em março e abril”, explica o relatório.
Entre várias conclusões, o relatório indica ainda que o custo dos danos climáticos foi estimado em 13,4 mil milhões de euros.
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