A 27 de outubro, a AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal marcou presença em vários eventos agrícolas no Centro e Norte do País, onde também esteve a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.
- 12.º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo
Dos três certames onde a AJAP marcou presença a 27 de outubro, destaque para o 12.º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo, que teve lugar em Penalva do Castelo e Sátão, onde esteve o Presidente do Conselho Consultivo da AJAP, Filipe Sampaio Rodrigues. Empresário agrícola, além de Professor Universitário, entre outras culturas, Sampaio Rodrigues explora atualmente 25 hectares de mirtilo.
Sobre este Encontro, Sampaio Rodrigues revela que o setor dos pequenos frutos, com destaque para o mirtilo, “tem crescido a cada ano” e “é hoje mais competitivo, exportador e marcado por mais inovação e competitividade”.
Filipe Sampaio Rodrigues salienta ainda que este “é um evento de excelência”, que a Associação Nacional de Produtores de Mirtilo dinamiza todos os anos, lançando o debate sobre o desafio da sustentabilidade, da tecnologia e da eficiência, e “sempre empenhados em continuar a construir uma fileira de excelência”.
- Alfândega de Fé: investimento em regadio
No mesmo dia, a 27 de outubro, em Alfândega da Fé, distrito de Bragança, Maria do Céu Antunes participou num almoço com autarcas e produtores locais, onde procedeu à assinatura e homologação do contrato de construção da Barragem de Gebelim e do despacho de aprovação do projeto de execução da rede de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Planalto Vilar Chão/Parada (um investimento estimado em cerca de 25 milhões de euros). A governante inaugurou ainda a telegestão do Regadio da Camba.
A AJAP esteve representada pelo atual Presidente da Mesa da Assembleia Geral, e ex-presidente da Direção da AJAP, autarca naquele concelho, Eduardo Almendra, uma referência enquanto empresário agrícola nas áreas do olival, amendoal e castanheiros.
A ministra referiu que “os sistemas de regadio são um fator determinante para o aumento de produção agrícola e fixação de jovens em territórios mais despovoados”.
Eduardo Almendra classifica as palavras da ministra como “muito importantes e oportunas”, no entanto refere que “o país não pode perder tempo, pois os territórios rurais necessitam de muito mais apoios para inverter as tendências de abandono e desertificação de que têm sido vítimas”, referiu ainda que “os agricultores não têm culpa rigorosamente nenhuma dos atrasos do pagamento dos apoios às explorações que se estão a verificar, e que tanta falta estão a fazer a todos”.
- Festa da Castanha de Sernancelhe
No final da tarde de dia 27 de outubro, a ministra inaugurou 31ª Edição da Festa da Castanha de Sernancelhe. Maria do Céu Antunes, que visitou o stand do Gabinete Agrícola de Sernancelhe da AJAP, foi recebida pelo técnico responsável Daniel Lemos, e por Firmino Cordeiro, Diretor Geral da organização.
A Senhora Ministra realçou que “tudo tem sido feito pelo Governo para que estes territórios sejam capazes de contrariar a enorme tendência para o abandono e desertificação”, agravadas pelas alterações climatéricas a que também estão muito expostas.
“Pela nossa parte entendemos que é necessário incrementar a instalação de mais jovens agricultores e jovens empresários rurais nestes territórios, muito envelhecidos, pouco rejuvenescidos, onde a cada ano que passa perdem população ativa, e nascem cada vez menos crianças”, salienta Firmino Cordeiro.
Classificando a intervenção da Senhora Ministra na sessão de abertura do evento em Sernancelhe, como muito positiva e bem estruturada, Firmino Cordeiro, “lamenta que algumas das ideias apresentadas acabam por se perder no tempo, ou porque politicamente caem, ou porque a escassez de meios as inviabilizam, sendo que, sempre que isso se verifica, as mais prejudicadas são as pequenas explorações caraterísticas destas regiões”.
O responsável considera ainda que “os apoios às intempéries que se têm verificado, abordados também na intervenção da Governante, sendo poucos por exploração, não chegam a todos devido à complexidade de algumas candidaturas, e os seguros apontados pela Senhora Ministra como solução, apenas o são efetivamente, se mais alargados no espectro das coberturas, e se comparticipados pelo IFAP, no valor a pagar pelo prémio por parte dos agricultores”, conclui.