Publicadas Estatísticas Agrícolas 2023

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou as Estatísticas Agrícolas 2023.

O ano agrícola 2022/2023 em Portugal continental caraterizou-se em termos meteorológicos como extremamente quente, sendo o mais quente desde que há registos sistemáticos (ano agrícola 1931/1932). A precipitação total foi de 947,8mm, classificando-se como chuvoso, embora a primavera de 2023 tenha sido a segunda mais seca desde 1931 (atrás da primavera de 2009, com 96,3mm) e a mais quente deste século.

A campanha dos cereais para grão de outono/inverno 2022/23 foi muito marcada pela seca severa da primavera, sendo a pior de sempre para todas as espécies cerealíferas.

A produção de vinho aumentou, atingindo os 7,4 milhões de hectolitros, o resultado mais elevado desde 2001.

A produção de azeite ultrapassou os 1,75 milhões de hectolitros (160,8 mil toneladas), o que corresponde à segunda campanha oleícola mais produtiva de sempre.

A produção total de carne situou-se nas 904 mil toneladas, refletindo um decréscimo de 1,1%, quando comparada com 2022.

Em 2023, a superfície ardida em Portugal correspondeu a 34,5 mil hectares no Continente e 5,2 mil hectares na Região Autónoma da Madeira, o que posiciona 2023 como o terceiro ano menos severo da última década.

O consumo aparente de fertilizantes cresceu 38,6% em 2023, justificado em grande medida pelo decréscimo do índice de preços dos fertilizantes (-24,8%).

O valor das vendas das Indústrias Alimentares em 2023 fixou-se nos 17,0 mil milhões de euros, mais 1,3 mil milhões de euros face a 2022.

O défice da balança comercial dos Produtos agrícolas e agroalimentares (exceto bebidas) atingiu 5 512,7 milhões de euros em 2023, um agravamento de 315,1 milhões de euros face ao ano anterior.

A carne de animais de capoeira foi a mais consumida (47,2 kg/habitante, que compara com 45,2 kg/habitante em 2022), seguida da carne de suíno (41,7 kg/habitante versus 42,4 kg/habitante em 2022).

Em 2023, o Rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), registou um acréscimo (+8,5%).