Instituto Superior de Agronomia: ao serviço dos estudantes e da sociedade

Existem cerca de 25 mil universidades no mundo com cerca de 235 milhões de estudantes nos cinco continentes. A principal razão para estes números reside no facto do conhecimento constituir o elemento mais importante para o desenvolvimento social e o bem-estar da comunidade.

Texto: António Guerreiro de Brito | Presidente do ISA

O que pode diferenciar o ensino em Portugal? Se tivesse uma só frase, simples, diria que é a aposta em setores onde detemos recursos naturais e sobre os quais podemos adicionar uma cadeia de valor. Essa é exatamente a missão do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa.

O ISA é uma instituição universitária onde a investigação acompanha o ensino desde que foi criado, em 1910, herdando então a primeira iniciativa de criação de um ensino na área agrária em Portugal, através da fundação do Instituto Agrícola de Lisboa em 1852. Este passado marcou-o, indelevelmente, conferindo-lhe uma responsabilidade fundamental em prosseguir um serviço público de transferência de conhecimento.

Dessa forma, o ISA tem sido especialmente ativo nos países de expressão portuguesa, mas mantém ligações importantes com outras instituições congéneres na Europa e em outros continentes. Atualmente, está envolvido em mais de uma centena de projetos de investigação e consultoria num valor de aproximadamente 35 milhões de euros, sendo mais de 40% desse montante resultante de projetos internacionais.

A bioeconomia é central para a geração de emprego e está a criar riqueza em múltiplas áreas, nomeadamente na agricultura, no agroalimentar, na pecuária e na floresta. Azeite, arroz, vinho, cortiça, tomate e papel de elevada qualidade são alguns dos produtos onde Portugal deve continuar a ser competitivo. Por isso, o ISA equaciona os novos desafios no ensino, como seja a ligação entre o uso eficiente de recursos e a transição climática ou a aplicação da inteligência artificial e da robótica. Mas não apenas.

Portugal é um território com valor em si mesmo e com uma qualidade ambiental ímpar, alvo de um reconhecimento crescente. No ISA aprende-se a usar a ciência de dados para tomar decisões e a compatibilizar a conservação da natureza com a produção de alimentos e a floresta, ou mesmo, a valorizar a estética da paisagem.

O ISA está sempre a procurar fazer melhor por via das licenciaturas, mestrados, doutoramentos e pós-graduações de índole profissional que oferece nas áreas das engenharias agronómica, alimentar, florestal, ambiente, zootecnia, nas ciências biológicas e na arquitetura paisagista. Na verdade, o melhor ranking é aquele que resulta do sucesso na profissão. É por isso que no ISA os estudantes são o nosso maior capital e o centro da ação.

Nota: Artigo publicado na edição n.º 142 da Revista Jovens Agricultores, inserido no Dossier Agricultura e Inteligência Artificial. A sua reprodução, parcial ou na íntegra, requer a autorização prévia da AJAP.