Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) indicam que 40% das terras do mundo já estão degradadas, que 3,2 mil milhões de pessoas sofrem com a desertificação e que três quartos da população devem ser afetados por secas até 2050.
Segundo o PNUMA, a restauração dessas terras aumenta o armazenamento de carbono e retarda as alterações climáticas. Restaurar apenas 15% poderia evitar, estima, até 60% das extinções de espécies ameaçadas.
No último relatório do PNUMA sobre o ambiente, divulgado em fevereiro, Inger Andersen, diretora executiva da instituição, admitia que estavam a ser feitos progressos mas que a grande tarefa mundial é a de acelerar esses progressos na luta contra a tripla crise planetária – alterações climáticas, perda de biodiversidade, e poluição e resíduos.
Criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas para assinalar a Conferência de Estocolmo de 1972, cujo tema central foi o ambiente, o Dia Mundial do Ambiente alerta para a forma como todos podem ajudar a acabar com a degradação dos solos e a recuperar as paisagens degradadas.
Tal pode ser feito, segundo as Nações Unidas, tornando a agricultura sustentável e regenerativa, redirecionando, por exemplo, subsídios agrícolas para práticas sustentáveis e preservando ecossistemas.
Salvar o solo, a origem de 95% dos alimentos, é outra solução, que passa por apoios a uma agricultura biológica. E outra é proteger os polinizadores, porque três em cada quatro culturas que produzem frutos e sementes dependem deles. Reduzir a poluição atmosférica e minimizar impacto de pesticidas e fertilizantes é fundamental.