Documento foi publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As previsões agrícolas, em 30 de abril, apontam para um ano agrícola novamente marcado pela seca que atinge 89,2% do território do Continente, dos quais 34,7% em seca severa ou extrema (exclusivamente a sul do Tejo).
A campanha cerealífera de outono/inverno está definitivamente comprometida, com as searas a apresentarem povoamentos ralos, palhas e espigas curtas e deficiências no enchimento do grão. As pastagens e forragens também foram consideravelmente afetadas, penalizando um setor agropecuário já sobrecarregado pelos elevados preços da alimentação animal.
Em contrapartida, a instalação das culturas de primavera/verão está a decorrer sem dificuldades assinaláveis, com a campanha de regadio assegurada na maioria das albufeiras hidroagrícolas, mantendo-se 4 com restrições de utilização de água de rega desde o ano passado. As sementeiras do arroz têm decorrido a bom ritmo, prevendo-se um aumento da área de 5%.
No tomate para a indústria, contrataram-se 17,7 mil hectares entre a indústria e os produtores, o que corresponde a um aumento de 16%, face à área declarada no Pedido Único de 2022.
Os pomares de cerejeiras deverão registar quebras de produtividade de 40%, em resultado das condições meteorológicas adversas que prejudicaram a floração e o vingamento dos frutos.
Preços e índices de preços agrícolas
Em abril de 2023, as variações mais significativas no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram
observadas na batata (+88,7%), azeite a granel (+75,6%), hortícolas frescos (+29,2%), suínos (+27,9%) e ovos
(+24,4%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se nos hortícolas frescos
(-19,0%), batata (+8,7%) e azeite a granel (+6,7%).
Em março de 2023, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) e o índice de preços de
bens e serviços de investimento (INPUT II) registaram ambos uma variação positiva de 1,5% e 8,9%, respetivamente.
Relativamente ao mês anterior, verificou-se um decréscimo de 0,3% no índice de preços de bens e serviços de
consumo corrente, enquanto no índice de preços de bens e serviços de investimento não se observou qualquer
variação.
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