O Governo apresentou a 9 de março, em Coimbra, a Estratégia ‘Água que Une’, numa cerimónia onde a AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal marcou presença.
Ao todo, são 5 mil milhões de euros até 2030, contemplando medidas que passam pela gestão sustentável da água, incluindo a construção de novas barragens e reforço do regadio.
A Estratégia divide-se em nove planos: um programa nacional para a Redução de Perdas de Água; o programa para a Reutilização de Água Residual Tratada; o programa para a inovação e Digitalização do Ciclo da Água; o Plano para a Reabilitação e o Restauro de Rios e Ribeiras; o programa para o Reforço do Armazenamento de Água; o programa para a eficiência dos empreendimentos hidroagrícolas; o programa para gerir o Abastecimento ao polo industrial de Sines; e o programa para a Resiliência Hídrica do Alentejo.
Entre as ações concretas a realizar estão a construção de 14 novas barragens, interligação, charcas e reservatórios de água, a reabilitação e modernização das redes, visando combater as perdas de água. Estão previstas ações visando promover a resiliência hídrica nas regiões do país mais afetadas pela seca e escassez, tais como o Algarve e o Alentejo Litoral, mas também para potenciar a capacidade agrícola e industrial de outras partes do território.
A estratégia, assente nos eixos da eficiência, resiliência e inteligência na gestão deste recurso, contempla perto de 300 medidas, a desenvolver ao longo dos próximos 15 anos, que têm o potencial para acrescentar mais de 1 000 milhões de m3 de água disponível para todos os usos consumptivos do território nacional.
As medidas de Eficiência dizem respeito a intervenções como a poupança de água, a redução de perdas nas redes de abastecimento e de rega, a reabilitação de reservatórios e o aproveitamento de águas residuais tratadas.
Ao nível da Resiliência são contempladas todas as medidas de adaptação aos efeitos das alterações climáticas, nomeadamente a prevenção de cheias e secas, o reforço da capacidade de armazenamento, a segurança no abastecimento às populações, à agricultura e aos restantes setores económicos, o restauro de rios e ecossistemas, a criação de reservas estratégicas de água, a interligação de sistemas.
E a Inteligência incide sobre a promoção da inovação e o uso de metodologias e tecnologias modernas para atingir o objetivo da sustentabilidade ambiental e económica.