AJAP defende valorização da Caça e da Agricultura

Nelson Figueira, da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), esteve presente este domingo, 7 de maio, no CNEMA, em Santarém, no XXIX Encontro Nacional dos Caçadores Portugueses, o qual serviu também para a comemoração do 30º Aniversário da FENCAÇA – Federação Portuguesa de Caça.

Nelson Figueira, durante a sua intervenção.

Duas datas que evocaram o Panorama Cinegético Português, pois marcam o nascimento do Ordenamento Cinegético em Portugal. O encontro decorreu no âmbito da EXPOCAÇA – Feira Internacional da Caça e das Armas, que reuniu em Santarém caçadores e restantes agentes da atividade cinegética de todo o País, para discutir e aprofundar questões da atividade, bem como para compartilhar experiências e conhecimentos.

Foi neste contexto que a AJAP participou numa mesa-redonda sobre o tema ‘O Passado, o Presente e o Futuro da Atividade Cinegética em Portugal’ e onde estiveram também outras confederações agrícolas.

Nelson Figueira, da AJAP, destacou, na sua intervenção, que o Regime Ordenado de Caça “tem permitido impor regras e civilizar os comportamentos”, sendo que se registou “uma evolução bastante positiva nesse sentido”.

“Relembro que a AJAP tem defendido amplamente uma figura que falta impulsionar mais no País: o Jovem Empresário Rural (JER)”, realçou, vincando que “é algo que cabe, e muito, no debate que aqui estamos a ter sobre a caça”.

Impulso do JER para valorizar o Mundo Rural

“O JER contribui para a diversificação regional da criação de novas empresas em zonas rurais que tanto nos fazem falta e que tanto fixam populações. Valorizar e qualificar os nossos recursos endógenos com atividades inovadoras e ambientalmente sustentáveis e contribuir para rejuvenescer o setor agrícola, incentivando a criação de empresas e empregos noutros setores de atividade é essencial. E isto não são palavras minhas, está escrito no Estatuto do Jovem Empresário Rural”, acrescentou Nelson Figueira.

Para o técnico da AJAP, “a caça e a agricultura são duas áreas que muito prezo e que tento passar para o meu filho. Passo muitas horas do meu fim-de-semana nestas duas atividades, e tenho muito prazer que o meu filho, de 16 anos, me acompanhe. Passar o respeito, a ética e o bom comportamento cívico para os mais novos é essencial”.

Nelson Figueira lembrou ainda que o setor da caça pode ajudar o desenvolvimento local, dando o exemplo da sua aldeia, no concelho de Cuba (Alentejo). “A minha aldeia, com pouco mais de 300 habitantes, em alturas de caça, enche-se de gente, visitantes e a economia altera-se de imediato. A caça é complementar da Agricultura e não pode estar divorciada dela. E só se faz em terrenos agrícolas, que têm proprietários e que têm de ser respeitados. Só neste sentido é que este setor pode ser valorizado”, sustentou.

Por fim, notou que “é decisivo continuarmos a ser caçadores e agricultores e dar voz a quem defende a caça e agricultura”.

O XXIX Encontro Nacional dos Caçadores Portugueses foi organizado pela FENCAÇA.