A Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição “Estratégia Portugal 2030”, promoveu com a colaboração da Universidade de Évora, uma audição pública dedicada ao tema “Desenvolvimento Sustentável”, no passado dia 9 de outubro.
A audição contou com a participação de diversas instituições e representantes de empresas agrícolas profissionais, incluindo a AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, representada pelo Diretor Geral, Firmino Cordeiro, orador no primeiro painel.
Sob o tema Desenvolvimento Sustentável, e compreendendo diversos subtemas da política agrícola, o desenvolvimento rural e florestas, mar e pescas, demografia, ambiente e alterações climáticas, e modernização da administração, os representantes das entidades presentes, tiveram a oportunidade de expor ideias e apresentar moções à Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da Estratégia Portugal 2030, presidida pelo deputado João Paulo Correia.
Um dos enfoques residiu na temática da desertificação, problemática que assola em dimensões elevadas várias regiões do país, com particular incidência na faixa interior. A AJAP, convicta de que Portugal necessita de um espaço Rural mais dinâmico, mais desenvolvido, mais empreendedor, mais jovem, com maior sustentabilidade e preservação dos recursos, relembrou o papel preponderante que a Figura do Jovem Empresário Rural pode vir a ter nestas áreas.
Urge rejuvenescer o tecido agrícola nacional, é nos Jovens, que hoje estão cada vez mais, dotados de formação e informação, mais conhecedores de realidades dissemelhantes e de novas tecnologias, que pode residir maior expectativa de investimento no Espaço Rural. O conceito de Jovem Empresário Rural associado aos Jovens Agricultores é seguramente um instrumento preponderante que trará um impacto positivo a estes territórios, nomeadamente ao nível da dinamização económica, demográfica, inovação e criação de emprego, fatores extremamente relevantes para uma maior coesão territorial, através de investimentos multifuncionais associados às suas atividades estruturantes, agricultura, floresta, turismo e gestão dos recursos naturais.
A AJAP deixou clarificada a sua posição nesta temática, que já vem sendo debatida em sucessivos governos, ficando a expectativa de que de uma forma integradora, o país e o governo construam uma estratégia concertada e profícua.